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André Marechal

15 de março de 2022
última atualização em 17 de março de 2022 às 07:03

O uso da máquina pública como arma de perseguição política em tempos de campanha eleitoral

Imagem meramente ilustrativa.

Há pouco menos de 8 meses para o pleito eleitoral de 2022, que acontece nos 27 entes federativos, se aproxima também os prazos para que integrantes de cargos públicos, que desejem concorrer a uma vaga de deputado estadual ou federal, senador, governador/vice e presidente/vice da república, se dá também a corrida pela conquista do eleitorado. Ainda que indiretamente, as ‘pressões’ desencadeadas para garantir o resultado nas urnas é comum em qualquer município brasileiro.

Essa prática, diga-se de passagem, é bem comum nos pequenos centros urbanos, onde muitos gestores se acham os ‘donos do pedaço’ e acabam pressionando o funcionalismo público, e em especial os cargos em comissão, os contratados e os prestadores de serviços com o tradicional “Olha, se lembre que eu dei a oportunidade a você de trabalhar”; “Temos que eleger fulano”; “Lembrem-se de que foi beltrano que fez isso e isso pelo município”. Ou seja, uma verdadeira guerra psicológica que você leitor, sabe que acontece na sua cidade.

Só que o político A ou B esqueci que os tempos mudaram. Que há a insatisfação, mesmo que de forma indireta, com os salários que atrasam porque o cidadão não é do quadro efetivo. Que o pagamento do prestador de serviços demora dois ou três meses para ser pago, e quando paga é quitado apenas um (mês). Que há a limitação de salários por ser enquadrado em um cargo comissionado. Que o cidadão tem que ter cuidado com as redes sociais porque senão se emprenha pelos ouvidos e ele é posto para fora…

Tem também o uso da máquina pública, através dos diversos órgãos como secretarias e autarquias que podem facilmente fazer este jogo sujo, para punir quem vai de encontro a uma determinada gestão neste período eleitoral. Vou dar um exemplo: Supondo que eu tenha posições políticas que são contrárias a de um gestor X, porém estou abrindo um empreendimento comercial e preciso do alvará de funcionamento. Eu posso ter meu negócio dificultado, atrasado, burocratizado ou até mesmo interditado por conta disso.

Tudo isto que estou aqui descrevendo caro leitor, você sabe que é a mais pura realidade em qualquer parte do país. Em Alagoas que é o estado que resido, isto é prática corriqueira e as notícias de que este tipo de artimanha política já teve início são constantes.

Por tudo isto que foi pontuado, desejamos que as eleições de outubro transcorra dentro da normalidade, o que parece improvável quando existem tantos interesses políticos-financeiros em jogo.

Jogo que já está sendo jogado, diga-se de passagem.

Imagem meramente ilustrativa.

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