
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, entregou, nessa segunda-feira (14), ao Supremo Tribunal Federal (STF) o parecer final na Ação Penal nº 2.668, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. São réus no caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Gonet pediu a condenação de Bolsonaro e de outros envolvidos. A entrega do documento, que tem 517 páginas, ocorreu pouco antes da meia-noite.
A PGR acusa o ex-presidente de cometer os seguintes crimes: liderar organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado.
Com a apresentação das alegações finais da PGR, inicia-se o prazo para a manifestação da defesa do ex-ajudante de ordens e delator Mauro Cid. Após os 15 dias destinados a Cid, será aberta a fase conjunta para as demais defesas, incluindo a de Jair Bolsonaro.
Segundo informações do portal Metrópoles, o julgamento da ação pode ocorrer entre agosto e setembro. Considerando os prazos, a expectativa é que todas as alegações estejam concluídas até 11 de agosto.
Além de Bolsonaro, sete integrantes do alto escalão de seu governo são réus. A denúncia da PGR divide os investigados em cinco núcleos.
Os réus do núcleo 1, considerados parte central da trama, são: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, excomandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, que é o único réu preso. Detido em dezembro de 2023, ele é acusado de obstruir as investigações. Ele teria financiado acampamentos golpistas e entregado dinheiro em uma sacola de vinho para ações que incluíam até um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes.
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