
A Polícia Civil de Alagoas segue investigando o caso de uma mãe suspeita de agredir e ameaçar o próprio filho de 11 anos no bairro Cidade Universitária, em Maceió, episódio que ganhou repercussão na última semana. A mulher, que chegou a ser presa em flagrante, responde ao processo em liberdade após audiência de custódia.
Após denúncia anônima, a Polícia Militar encontrou o menino de 11 anos e o irmão de 4 anos sozinhos em casa. De acordo com os policiais, o Conselho Tutelar confirmou que não era a primeira queixa envolvendo a mãe. O garoto relatou que sofria agressões frequentes com socos, chutes e golpes de “tabica” (objeto semelhante ao usado para açoitar cavalos), além de ameaças com faca caso denunciasse as agressões.
A mulher foi autuada inicialmente por abandono de incapaz e os dois irmãos foram entregues à avó materna, que permanece responsável pelas crianças.
Investigação
A delegada Talita Aquino, responsável pelo caso, informou em ebntrevista à TVPontaVerde, que a Polícia Civil já colheu depoimentos de familiares, incluindo o da avó das crianças, que confirmou o histórico de agressões.
“Ela [a mãe] foi autuada em flagrante pelo crime de maus-tratos, passou por audiência de custódia e está respondendo atualmente em liberdade. Nós colhemos alguns depoimentos, inclusive o da avó, e vamos realizar o depoimento especial do menino, que é uma das principais vítimas”, afirmou a delegada.
Segundo Talita Aquino, após a coleta do depoimento especial, o inquérito será finalizado e encaminhado à Justiça para as medidas cabíveis. A investigação segue em andamento.
Criança está sob cuidados da avó
A avó relatou à polícia que o menino apresenta melhora no comportamento e no bem-estar desde que passou a viver com ela, embora ainda esteja abalado com o que enfrentou.
Polícia reforça alerta para denúncias
A Polícia Civil destacou a importância da colaboração da população e pediu que qualquer caso de violência contra menores seja denunciado.
As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 181 (Secretaria de Segurança Pública) ou pelo Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos.


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