
O governador Paulo Dantas anunciou, nesta terça-feira (11), um pacote histórico de R$ 5 bilhões em investimentos para a Região Metropolitana de Maceió. O plano, batizado de “Alagoas Faz a Grande Maceió Maior”, marca o maior volume de recursos já destinados de uma só vez à região e representa uma reparação social e econômica após o colapso urbano provocado pela Braskem.
Desse total, R$ 2,8 bilhões virão de recursos indenizatórios pagos pela Braskem ao Estado de Alagoas, conforme termo de acordo homologado judicialmente nesta segunda-feira. O fato relevante divulgado pela própria empresa confirma o pagamento de R$ 1,2 bilhão ao Estado, que, corrigido, chegará a R$ 2,8 bilhões, além de valores já provisionados e novas compensações em curso.
De acordo com Paulo, o governo ampliará esse montante com R$ 2,3 bilhões de recursos próprios, destinados à reconstrução urbana, saneamento, moradia, infraestrutura, saúde, educação e segurança pública.
“A Grande Maceió vai receber o maior investimento da sua história, com obras que geram emprego, renda e justiça social”, afirmou o governador.
Plano de Reconstrução Regional
O plano Grande Maceió Maior contempla 13 municípios: Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar, Satuba, Messias, Murici, Paripueira, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Atalaia, Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. O projeto integra ações de infraestrutura, mobilidade, abastecimento de água, habitação e desenvolvimento social.
Entre as obras previstas estão:
- Duplicação de rodovias estaduais e vias de ligação metropolitana;
- Construção e ampliação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário;
- Novos conjuntos habitacionais para famílias atingidas indiretamente pelo colapso geológico;
- Modernização de hospitais regionais e novas unidades de ensino técnico;
- Investimentos em segurança pública e geração de emprego.
Reparação e Justiça Social
Segundo o governo, os recursos do acordo com a Braskem não se limitam à compensação financeira: representam uma reparação territorial e social pelos efeitos do deslocamento de mais de 60 mil pessoas e pelo crescimento desordenado das cidades vizinhas, como Satuba e Rio Largo, após o desastre.
“O Governo de Alagoas está corrigindo uma injustiça histórica. Enquanto apenas a capital foi indenizada diretamente, agora toda a região metropolitana será reconstruída”, reforçou o governador.


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