
Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Marechal Deodoro, realizada em 28 de maio, o vereador Thiago Gondin (PDT) voltou a cobrar com firmeza a BRK Ambiental diante da grave e contínua falta de água que atinge diversos bairros do município. Em seu discurso, Gondin criticou a inércia da empresa e afirmou que a população está cansada de promessas vazias e ações paliativas que não resolvem o problema.
O parlamentar lembrou que, mesmo com estrutura muito inferior, o antigo SAAE, que ele presidiu antes da concessão, conseguia atender à população com mais agilidade, proximidade e responsabilidade. “Quando o serviço era público, a gente dava resposta. Sabíamos onde estava o problema e agíamos com rapidez. Hoje, com toda a estrutura e os recursos que a BRK tem, a população está abandonada. A empresa some, não dá satisfação e deixa o povo sem água por dias”, afirmou.
Gondin foi enfático ao dizer que a paciência se esgotou. Segundo ele, a Câmara já tentou todos os caminhos institucionais possíveis: audiência pública, visitas à sede da empresa, reuniões e cobranças formais, mas nada adiantou. “Já fomos até a BRK, já fizemos audiência pública, já demos espaço para diálogo. E o que mudou? Nada! O povo continua sem água. A empresa ignora a Câmara, ignora os vereadores e, pior, ignora quem mais precisa: a população. Isso é desrespeito com Marechal Deodoro”, disse.
O vereador também destacou a revolta da população diante das constantes interrupções no abastecimento e citou os protestos recentes em bairros como Barra Nova. Ele reforçou que a indignação dos moradores é mais do que justa, especialmente porque, mesmo sem água nas torneiras, a conta continua chegando todos os meses. “A BRK não manda água, mas manda a conta. A fatura chega direitinho na casa do cidadão, mesmo que ele passe dias sem uma gota d’água. Isso é um absurdo. Não dá mais para tolerar essa falta de respeito”, disparou.
Apesar das justificativas da BRK sobre a paralisação da Estação Volta d’Água desde março e o envio de caminhões-pipa, Gondin disse que essas medidas são apenas improvisos que não atacam a raiz do problema. Ele reforçou que seguirá cobrando, fiscalizando e denunciando até que a população volte a ter um serviço de abastecimento digno, regular e eficiente.
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