
Juliana Soares, de 35 anos, a mulher espancada com mais de 60 socos pelo namorado no elevador de um condomínio em Natal mostrou, pela primeira vez, o rosto dela após a cirurgia a qual foi submetida para reconstrução facial.
A imagem foi postada no perfil dela em uma rede social, mostrando o sétimo dia de recuperação após o procedimento. Ela teve alta hospitalar na segunda-feira (4).
Juliana passou por uma cirurgia para restauração de ossos do rosto, na sexta-feira passada (1º), que durou mais de 7 horas e foi “um sucesso”, segundo o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Ela havia sofrido múltiplas fraturas no rosto e no maxilar.
No perfil, a vítima do crime também compartilhou que realizou, nesta semana, sessão de laserterapia no rosto para reduzir o edema e modular a inflamação.
A mulher foi espancada no elevador no dia 26 de julho. O agressor, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, foi preso em flagrante, e teve a detenção transformada em prisão preventiva, após passar por audiência de custódia.
Um vídeo obtido pela TV Globo mostra a audiência de custódia do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral (veja acima).
Nesta quinta (7), a Justiça do Rio Grande do Norte aceitou a denúncia do Ministério Público, e o ex-jogador virou réu por tentativa de feminicídio. Segundo a polícia Civil, o crime foi motivado por ciúmes.
Igor Pereira Cabral está preso na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim. Na última sexta (1°) ele denunciou que foi agredido na prisão.
Na segunda (4), o agressor emitiu uma nota através do advogado de defesa, na qual pediu perdão e disse que que a atitude foi “influenciada por um contexto de uso de substâncias e instabilidade emocional”.
Sete horas de cirurgia
A cirurgia da vítima ocorreu no dia 1º de agosto, com previsão de três horas de duração, mas durou mais de sete horas.
“Nós tivemos algumas dificuldades, porque, no nosso julgamento, algumas partes da fratura, alguns fragmentos estavam muito difíceis de serem abordados, reduzidos e fixados no local correto. Então, perdemos bastante tempo com esse tipo de de abordagem porque havia muita fratura”, explicou o cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira.
Segundo o cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira, não foi possível precisar a quantidade de fraturas que a paciente sofreu. Ele citou ainda que é provável que ela tenha algumas sequelas nessa reconstrução facial.
“Nesse tipo de situação, na maioria dos pacientes a gente consegue fazer uma união perfeita desses tecidos ósseos, e nessa situação a gente teve muitos fragmentos distantes uns dos outros mesmo com as fixações. Então, tivemos que utilizar placas mais rígidas, placas com perfis mais grossos, mais fortes, para que realmente tivesse uma condição mais apropriada para permanecer com o esqueleto facial de uma forma mais fixa”, disse.
A cirurgia realizada é chamada de osteossíntese, que, segundo o hospital, tem o objetivo de restabelecer a estética e a funcionalidade do rosto.
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