
A Polícia Civil de Alagoas investiga se uma dívida está por trás da morte do agiota sergipano Rubens Lima Barreto, encontrado carbonizado no dia 28 de julho, na carroceria de uma caminhonete, na zona rural de Marechal Deodoro.
Um comerciante de 29 anos, apontado como devedor da vítima, foi preso e é tratado como principal suspeito. Segundo as investigações, Rubens teria levado cerca de R$ 100 mil para Alagoas, quantia que também está sob apuração.
De acordo com a delegada Juliane Santos, titular da Delegacia de Homicídios do 10º Segmento, o suspeito chegou a ser ouvido como testemunha, mas entrou em contradição e omitiu informações consideradas cruciais.
“Ele disse que não esteve no carro da vítima, mas câmeras de segurança mostraram os dois juntos, com ele no banco do carona, ao lado de Rubens, que dirigia a caminhonete”, relatou à TV Pajuçara.
As apurações indicam que Rubens atuava como agiota, oferecendo empréstimos a comerciantes da região com cobrança de juros. O preso seria um desses devedores. A polícia avalia se ele agiu sozinho, como mandante ou executor, ou se atraiu a vítima para uma emboscada. Apesar das evidências, o suspeito nega envolvimento.
Ainda segundo a delegada, o empresário “levava uma vida nômade, circulava entre Sergipe, São Paulo, Minas, Bahia e Alagoas, sempre com o objetivo de realizar esses empréstimos”.
A identidade do corpo deve ser confirmada por exame genético, mas a polícia considera fortes os indícios de que se trata de Rubens, já que o cadáver tinha uma prótese na perna esquerda — detalhe compatível com informações repassadas pela família sobre um acidente de moto sofrido pela vítima.
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