O veneno de vespa pode ajudar mais de 1,2 milhão de brasileiros que convivem com o Alzheimer. Uma descoberta feita por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) traz esperança para pacientes e famílias que sofrem com esse diagnóstico.
O estudo mostrou que uma substância retirada da peçonha da vespa social Polybia occidentalis pode retardar o avanço da doença. Testes tiveram resultados animadores em animais, com melhora de déficits cognitivos.
“A peçonha da vespa é estudada há mais de 20 anos para tratar doenças neurodegenerativas. Agora conseguimos adaptá-la para enfrentar diretamente o Alzheimer”, afirmou a coordenadora do projeto, Luana Cristina Camargo, do Instituto de Psicologia da UnB. Os testes mostraram resultados animadores em animais, com melhora de déficit cognitivo.
O poder do veneno da vespa
A iniciativa conta com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e reúne cientistas de diferentes áreas, como farmácia, física, neurofarmacologia e nanotecnologia. Os cientistas querem transformar a descoberta em um tratamento seguro e acessível para todos.
O foco da pesquisa está no peptídeo chamado octo vespina, extraído da peçonha da vespa Polybia occidentalis. Essa substância foi modificada em laboratório para agir contra a beta-amiloide, uma das principais proteínas associadas ao Alzheimer.
O próximo desafio dos cientistas é garantir que o medicamento chegue de forma eficaz ao cérebro. Uma das apostas é a aplicação intranasal, considerada menos invasiva e mais viável para uso humano.
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