
A Polícia Civil vai colher, na próxima semana, o depoimento do dono da clínica terapêutica situada no município de Marechal Deodoro, onde morreu a esteticista Cláudia Pollyanne Faria de Santa’Anna, de 41 anos. O suspeito está preso desde o último dia 22 de agosto. Após o caso, outras pessoas que teriam sido vítimas de tortura e maus tratos também denunciaram o estabelecimento.
A investigação está sendo conduzida por uma comissão de delegadas da Polícia Civil, formada por Ana Luiza Nogueira, Juliane Santos, Maria Eduarda e Liana Franca.
De acordo com Liana Franca, a expectativa é que o suspeito fale a verdade durante o depoimento, considerando que muitas denúncias de supostas vítimas do descaso na clínica já apareceram.
“Esperamos que ele diga somente a verdade, pois não há como negar os fatos que, por tantos, já foram comprovados. Não existe só uma vítima. Existe uma vítima que morreu, mas tem vítimas que sofreram tortura, maus tratos e estupro. As pessoas que passaram pela clínica criaram coragem após a morte da Pollyanne e foram denunciar”, afirmou a delegada.
Ela também contou que será feito mais um exame para comprovar de quem era o sangue encontrado em um dos quartos da clínica. “O laudo positivo para sangue pode não ser positivo para crime, por isso será feito mais um exame para comprovar. Temos que expandir essa investigação para que fique comprovada a prática do crime”, afirma.
Ainda de acordo com a delegada Liana, o inquérito deve ser concluído até o dia 20 de setembro, sem prorrogação do prazo.
NEGLIGÊNCIA
Enquanto a polícia investiga a responsabilidade dos donos da clínica na morte da esteticista, amigos de Cláudia Pollyanne pedem que seja apurada, também, a conduta de familiares da vítima. Segundo eles, os parentes foram negligentes, pois sabiam que ela vinha sofrendo maus tratos e ignoraram a informação.
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