Ilustração.
Parece que a submissão humana no nordeste, quer seja com relação aos fenômenos sociopolíticos ou econômicos está diretamente ligada a uma condição histórica de um contexto que parece nunca ter fim.
O “manda quem pode e obedece quem tem juízo” está sempre presente no cotidiano deste povo batalhador.
Quem tem o poder de decisão por aqui se coloca em um patamar super elevado, enquanto a grande maioria precisa se submeter as vontades e caprichos de alguns que tem nas mãos o direito de indicar (pode se entender também por ditar), quem deve e quem não deve ser beneficiado em muitas situações. Essa é uma realidade que eu diria que está presente em 90% dos municípios desta região.
Parece que é nossa sina, conviver com o analfabetismo, desmandos políticos, corrupção, apadrinhamentos, perseguição, crimes de mando e tantas outras situações que nos colocam também numa posição de submissão perante as regiões mais desenvolvidas. Este ditado (im) popular “manda quem pode e obedece quem tem juízo” não está muito distante da nossa realidade não minha gente.
O grande problema do nosso atraso sociopolítico e econômico diz respeito as nossas lideranças. Aqueles que tem o poder da decisão. Cinquenta por deles acham que são deuses e a outra metade tem certeza que é. Triste realidade para nós nordestinos.
Quando falo em decisões não estou falando só das macro não. Tem aquelas de âmbito local e que também influem no nosso dia-a-dia. Talvez mais diretamente ainda.
Mais é assim mesmo. Vamos seguindo nessa longa estrada da vida e quem sabe um dia quando pararmos para refletir sobre tudo isso, modificarmos nossas ideias e ideais, expressarmos nossas opiniões com veemência, não consigamos mudar um pouco dessa realidade.
Essa mudança de postura, saindo da submissão e partindo para a ação, depende apenas de cada um de nós!
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