Enquanto muitos marmanjos de 20 e poucos anos (como eu) quase morrem ao subir alguns lances de escada, idosos de 90 a 100 anos disputam provas de 100 no World Masters Athletics Championship, mundial de atletismo para veteranos que aconteceu de 4 a 16 de agosto em Lyon, na França.
Atleta mais velho da competição, o brasileiro Frederico Fischer, de 98 anos, correu nos 100 m, na categoria 95 até 99 anos. Infelizmente ele foi derrotado pelo seu único rival na prova, o britânico Charles Eugster, de 96 anos, que cruzou a linha de chegada em 23s50, 1s40 mais rápido do que Fischer.
Apesar da derrota, o brazuca não ficou chateado. “Não estou em minha melhor forma, corri mesmo para participar. Sabia que encontraria adversários mais novos e bem preparados do que eu e, afinal de contas, 98 anos e meio já é algum peso, né?”, disse em entrevista pós-prova Fischer, que, devido à idade avançada, não tem muitos concorrentes nas competições, por isso enfrenta sempre oponentes mais “jovens”.
Cercado de jornalistas, Fischer ainda deixou palavras de sabedoria para todos nós. “O esporte é uma farmácia muito boa. Prédios ou casas não se sustentam sem um bom alicerce e o esporte nos dá isso”, afirmou o atleta, que também competiu no lançamento de dardo, de peso e disco além dos 100 m rasos.
O Mundial de Atletismo para Veteranos acontece desde 1975, e a cada dois anos reúne atletas de diversas modalidades, com idade entre 35 e 100 anos. Na edição 2015, o evento teve 51 modalidades e reuniu atletas de 24 países.
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