A advogada Rayanni Albuquerque denunciou o espancamento da mulher trans e ativista Lanna Hellen, no último dia 2 de novembro, no bairro Clima Bom, em Maceió. A vítima, segundo ela, foi agredida por três homens após pedir que diminuíssem o volume do som, pois fazia uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
Após ser espancada, Lanna foi à Polícia Civil e registrou um Boletim de Ocorrência, mas o caso acabou sendo tratado como “vias de fato” – agressões que não causam lesão corporal. Ou seja, a situação não se enquadraria no que realmente aconteceu, de acordo com a advogada, que, nesta terça-feira (5), foi recebida pelo delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier.
Para que seja iniciada a investigação, a vítima foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi submetida ao exame de corpo de delito. “Houve erro porque não se tratou de vias de fato, mas ela foi espancada. Temos imagens que comprovam”, disse Albuquerque.
Em junho de 2021, a Justiça de Alagoas condenou por racismo o segurança de um shopping que impediu Lanna de usar o banheiro feminino do estabelecimento. O caso ocorreu no dia 3 de janeiro de 2020 e ganhou repercussão.
À época, mulher trans relatou que estava no shopping da capital e foi usar o banheiro feminino, mas o homem pediu que ela se retirasse. Naquele dia, Lanna subiu em uma mesa da praça de alimentação e fez um vídeo para denunciar a situação.
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