Em coletiva realizada nesta sexta, dia24, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) deu detalhes da investigação da Polícia Civil que resultou na prisão de três pessoas suspeitas na morte do vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro.
O crime aconteceu em novembro de 2017: Vereador é executado a tiros ao sair de câmara no interior de Alagoas
A ação policial cumpriu dez mandados de busca e apreensão e quatro de prisão nas cidades de Batalha, Maceió e Major Isidoro. Foram presos o vereador Sandro Pinto, Rafael Pinto e Maikel Santos. Um quarto envolvido está foragido.
Os investigadores realizaram diligências no local do crime, coletas de possíveis materiais utilizados na ação, busca por imagens locais, análises de rotas dos criminosos, identificação e interrogatórios de diversas pessoas que pudessem ter informações que auxiliasse a elucidar o crime.
“Identificamos que dois homens realizaram panfletagem de uma empresa inexistente de serviços gerais na cidade e nas imediações da Câmara de Vereadores quatro Dias antes do crime. O carro utilizado, um Cobalt, saiu de Major Isidoro no dia do crime. Esse veículo teria sido roubado dois meses antes em Maceió e não foi utilizado para cometer outros delitos. Depois ele foi localizado incendiado em Major, o que evidencia que a cidade serviu de base de apoio”, disse à imprensa o delegado Cicero Lima.
Na ação a polícia apreendeu computadores, celulares, documentos e outros objetos que serão periciados e vão auxiliar no andamento das investigações. O material foi encaminhado para a Delegacia Geral da Polícia Civil, os presos para o sistema prisional alagoano.
“Trabalhamos com provas técnicas e todo o trabalho que vem sendo feito visa elucidar o caso e chegar aos autores materiais e intelectuais do crime para que não restem dúvidas sobre a apuração das equipes policiais”, falou o secretário da Segurança Pública, Lima Júnior
“O crime apresenta dificuldade pelo modus operandi e foi necessário um trabalho de Inteligência pelo fato das pessoas que presenciaram o crime não falarem o que viram. Foi fundamental o trabalho da Inteligência, um trabalho belíssimo. A SSP tem esse e outros casos que estão sendo investigados e o silêncio faz parte do processo, lembro-me de outros casos de repercussão que tiveram uma demora na conclusão, mas que no fim apresentamos a elucidação”, enfatizou o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira.
“Se a polícia chegou até essas pessoas presas é porque elas têm conexão direta com o crime. Agora é fase de se aprofundar nas investigações. Não fecho questão por aqui e abro o direito ao contraditório para os presos. Tudo será feito com cautela, parcimônia e zelo”, destacou o promotor de Justiça Luiz Vasconcelos, do Ministério Público de Alagoas.
Participaram também da coletiva o secretário adjunto de Políticas da Segurança Pública, Manoel Acácio Júnior, os delegados da comissão que investigação, Rosivaldo Vilar e Gustavo Xavier, e o delegado Fabrício Lima, do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil.
A operação realizada nesta sexta contou com a participaram da Gerência de Polícia Judiciária da Área 4, Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, delegacias regionais de Penedo, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Batalha e Santana do Ipanema, Delegacias de Homicídios, TIGRE, Asfixia, OPLIT e BOPE.
Fonte: Alagoas Web
0 Comentários